Tecnologia com saia e batom
Rafaela Campos Benatti, presidente da Associação Software by Maringá, venceu em um meio predominantemente masculino. E diz que só notou algum tipo de discriminação quando era programadora. "À vezes, um colega fazia uma piadinha em relação ao trabalho. Eu encarava como provocação positiva e trabalhava para ser a melhor". Se houve discriminação além dessas brincadeiras, Rafaela nunca notou. "Talvez até houvesse, mas nunca me preocupei em procurar. Se eu ficasse analisando se havia ou não discriminação, seria mais prejudicial que benéfico. Se houve, o fato é que não baixei a cabeça."
Rafaela Campos tem o empreendedorismo no DNA. Sua avó era empresária. A mãe, advogada. "Morávamos em São Paulo, mas o ritmo de vida era estressante e minha mãe decidiu morar no interior. Nos mudamos para o Paraná em 1998", conta. Rafaela começou a programar na adolescência. "Quando percebi que dava para criar algo do zero, em programação, fiquei fascinada. Fiz um curso e comecei a aprender mais e mais. Passava horas programando".
Em Maringá, aos 17 anos, abriu seu próprio negócio, informal. Foi professora de programação. Aos 19, emancipada pela mãe, abriu outra empresa, com CNPJ. Para se aperfeiçoar, Rafaela cursou Administração de Empresas na UEM. Sua empresa atual, a Strada, nasceu em 2005. Em 2008, Rafaela Campos começou a atuar na Software by Maringá, onde amadureceu empresarialmente. No ano passad
o, foi eleita presidente da entidade. Incansável, passou no vestibular e está cursando Arquitetura.
Especial para o Diário - Dirceu Herrero